quinta-feira, 15 de outubro de 2009

VOCE TEM UM ANEL?

A luta pela aquisição dos bens materiais tem provocado alguns equívocos por parte de muita gente. O maior deles diz respeito à verdadeira condição de proprietário dos bens conquistados.
O homem estuda, trabalha, luta, sofre e acaba adquirindo um infinidade de bens, nem todos necessários ou úteis à sua sobrevivência. Mede-se sua importância na sociedade pela maior ou menor quantidade de bens adquiridos. Quanto mais tem, mais importante é. Quanto mais títulos apresenta, maior também a sua importância...
Perante as leis cósmicas, tudo pertence a Deus, tudo pertence à vida.
Nada nos pertence definitivamente, perpetuamente. Basta constatar que ao desencarnarmos não poderemos levar nenhum dos bens adquiridos. Nem uma agulha, nem um alfinete. Tudo fica aqui, porque nada nos pertence...
Recordo-me de uma memorável passagem de Bezerra de Menezes, então encarnado, ocasião em que atendeu em seu consultório a uma criança que já havia sido desenganada pelos médicos. Depois de minucioso exame, Bezerra constatou que o problema era desnutrição e prescreveu uma fórmula homeopática, recomendando à mãe extrema urgencia na aquisição do remédio.
A mãe, já marcada por tanta dor e sofrimento, pegou a receita, mas devolveu-a imediatamente ao dr. Bezerra, dizendo-lhe que não tinha condições de adquirir aqueles remédios, pois nem para comer possuia dinheiro. Tocado de amor, Bezerra levou as mãos ao bolso e também constatou que não tinha um níquel para dar àquela pobre mãe. De repente, Bezerra olhou para as mãos e notou seu anel de grau, símbolo do curso superior em medicina, e imediatamente o retirou do dedo e entregou àquela senhora, dizendo-lhe para trocar o anel pelo remédio e ainda ficar com o troco para comprar alguma comida. O amoroso Bezerra de Menezes converteu a jóia em comida e remédio, salvando a vida de alguém que já estava desenganado pela medicina...
Será que voce tem um anel?
                                                               Do livro - Sem medo de ser feliz de José Carlos De Lucca