sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A Lei do Amor

O amor resume inteiramente a doutrina de Jesus, visto porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu início, o homem não tem senão instintos;  mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos, e o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu  foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e aniquila as misérias sociais. Feliz aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! Feliz aquele que ama, pois não conhece nem a angustia da alma, nem a do corpo; seus pés  são leves, e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.
O Espiritismo, a seu turno, vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a pedra dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando sobre a morte, revela ao homem maravilhado  seu patrimônio intelectual;  não é mais aos suplícios que ela o conduz, mas à conquista  do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito, e o Espírito deve hoje resgatar o homem da matéria. 
Disse eu que no seu início o homem não tem senão instintos e aquele, pois, em quem os instintos dominam, está mais próximo do ponto de partida que do objetivo. Para avançar em direção ao objetivo, é preciso vencer os instintos em proveito dos sentimentos, quer dizer, aperfeiçoar estes, sufocando os germes latentes da matéria.  Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a bolota encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo, toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a Lei do Amor que une todos os seres, nela encontrareis as suaves alegrias da alma, que são o prelúdio das alegrias celestes. - Lázaro. (Paris, 1862.)


3 comentários:

JUREMA disse...

Concordo plenamente com as palavras de Kardec ,ao afirmar que o AMOR é a doutrina do Cristo ,apenas acrescento que para mim,ela vai alem ,sendo o objetivo principal do criador, a transformação do bruto em flor ,através do AMOR mesmo que pela DOR.
Parabens pelas postagens,que alem de reflexivas ,nos levam ao despertar,mesmo que um pouco mais lento.
Abraços fraternos

Jorge disse...

Temos na consciência as eternas leis divinas.
Quanto mais penetrarmos nela, mais exteriorizamos o Amor, que é a essência divina.


Meu anjo Luz,
tenha um belo fim de semana!!!
Com carinho,
Jorge

Teresa Cristina disse...

Oiee!!!
Ah este capítulo do Evangelho é simplesmente inesquecível pra mim, foi a 1ª leitura do Evangelho no lar, , fazemos sempre e coemçamos aqui em casa com a orientação de minha avó materna, tinha 9 anos, e fui eu quem fiz a leitura, apesar da pouca idade nunca havia lido tanta verdade e me sentido tão bem....que este sol interior que é a Lei de Amor venha a fazer parte da vida de muitos que ainda não se permitiram ....muita Paz!
Bjss♥